Há uma dinâmica que me fascina na música: o crescendo. O crescendo é uma preparação, uma antecipação, uma espécie de rufar dos tambores no circo…o crescendo na música anuncia algo de especial. Não conheço nenhum crescendo tão fantástico como o da Abertura do 1812 de Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Todo o poder da preparação, o dar voltas e voltas, a anunciar que o ritmo vai aumentar, o quase desiludir o ouvinte com a espera e depois, sem que nada o faça prever…os sinos a tocar e a preparação para o grand finale que acontece com o acelerar da música, quando o ouvinte esboça um sorriso pela mistura de sensações força que a música lhe transmite. Por vezes, quando tenho tempo para ficar a pensar sem fazer nada, sem preocupações, coloco um disco com Tchaikovsky e fico deliciado. O Quebra Nozes, o Lago dos Cisnes, a Bela Adormecida, os concertos para piano e violino são clássicos de uma obra imortal. Com um bom livro são a receita ideal para uma tarde chuvosa de ronha, onde nos apetece estar sós, no nosso mundo, naquele onde apenas estão os nossos pensamentos.
Para sorrir:
(só o crescendo)
(toda a abertura…com o bónus de ser tocada em Berlim)
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