Ando a descobrir Murakami. A pessoa que mais me influenciou enquanto adulto apresentada os livros dele como uma ora prima, um hino à fantasia e ao sentido noir da vida. Dizia-me sempre que não eram bons para mim porque não continham aquela parte histórica que tanto me apaixona.
Mas essas palavras deixam qualquer um intrigado. Com o passar dos anos, quem não vemos acaba por se tornar uma memória e, poucas vezes, numa memória que queremos descobrir e aprofundar.
Decidi assim pegar num livro de Murakami, em Busca do Carneiro Selvagem. Somos confrontados com uma personagem que é tão humano como nós, sem aquele sentimento “Valquiría” (Tom Cruise é o mais honesto, justo, recto, etc etc) com falhas e com desejos. Passa uma ideia de fragilidade e de mortalidade, de vida infeliz e dos seus passos para a contrariar.
Detém um óptimo emprego a fazer tudo o que gosta mas, como muita gente hoje em dia não consegue entender, o trabalho não é tudo e há necessidade de se ter uma vida fora do trabalho, longe do mesmo, para a qual/quem nos possamos dedicar.
O ambiente noir é bem ao género de Batman..sem aqueles mil sois esplêndidos de alegria e de falsa felicidade que aparecem nos livros de culinária intelectual (onde só os ingredientes mudam porque o conteúdo é o mesmo) produzidos exactamente duas vezes por ano.
Ainda só vou na página 50, mas já procuro maneiras de deitar a mão a Kafka a Beira-Mar….a prova que mesmo os mais realistas precisam, de pelo menos durante pouco tempo, deixar o mundo terreno e sonhar um pouco..mesmo que esse sonho nos faça encarar a realidade…
terça-feira, 24 de março de 2009
MUNDO TECNOLÓGICO
Estou apaixonado pelo meu novo despertador!!! É um bocado cagança mas ele serve ao mesmo tempo de relógio, moldura digital e leitor de MP3. Assim sendo, consigo acordar todos os dias com memórias estampadas em fotos, muitas das quais me parecem ter sido tiradas noutra galáxia e a outra pessoa...
domingo, 22 de março de 2009
ESCAPADELAS
Fim de semana na Foz do Arelho: para repetir...
Apesar de ter sido maioritariamente em trabalho, ficou a vontade de lá voltar..para passear e para namorar, para poder caminhar sobre aquele areal imenso e molhar os pés na lagoa...um fim semana a descansar que inclua uma visita à romântica Óbidos e um passeio pelas Caldas....
sabe tão bem sair do nosso dia a dia com quem mais gostamos...
segunda-feira, 16 de março de 2009
Ainda nem passaram 10 anos...
Sim, também já tive cabelo...
Nostalgia?...apenas a ideia de as time goes by...
quinta-feira, 5 de março de 2009
WHO WANTS TO BE A MIIIIIILUUUNAIR
Fui ontem (segunda-feira) ver o filme que arrebatou os Óscares mais importantes e não saí desiludo.
Senti-me como se estivesse a ver o Crash: a única expectativa criada resultava do facto de ter ganho o prémio de melhor filme...mais nada.
Como é que um filme com um orçamento de 15 milhões de dólares leva um prémio destes?
Slumdog Millionaire é um retrato dos confrontos religiosos entre Muçulmanos e Hindus que ainda hoje são foco de tensão; é o espelho de uma Índia que sobrevive com a injustiça das castas e de uma pobreza que corrói a maior democracia do mundo; e é o expoente do sonho que nos é vendido que a qualquer momento nos podemos (como que por artes mágicas) tornar ricos sem ter que trabalhar.
Consegue ainda transmitir a esperança de um sentimento que, mesmo passados muitos anos, subsiste num olhar, num sorriso, numa cumplicidade e que alimenta um sonho de uma união, por impossível que possa parecer.
É o mundo em que, mesmo que tudo corra mal, no momento chave aparece aquela canção da Diana Ross em que ela exclama “Ain’t no mountain high enough”…
Faz-nos torcer para que, com tantas coincidências, o rapaz lá consiga ficar com a sua Lathika (que por acaso é bem gira).
Acredita quem quer..mas não conheço ninguém que não goste de sentir um pequeno sopro por trás do pescoço misturado com um arrepio quando vemos que, afinal, tudo se compõe…
Senti-me como se estivesse a ver o Crash: a única expectativa criada resultava do facto de ter ganho o prémio de melhor filme...mais nada.
Como é que um filme com um orçamento de 15 milhões de dólares leva um prémio destes?
Slumdog Millionaire é um retrato dos confrontos religiosos entre Muçulmanos e Hindus que ainda hoje são foco de tensão; é o espelho de uma Índia que sobrevive com a injustiça das castas e de uma pobreza que corrói a maior democracia do mundo; e é o expoente do sonho que nos é vendido que a qualquer momento nos podemos (como que por artes mágicas) tornar ricos sem ter que trabalhar.
Consegue ainda transmitir a esperança de um sentimento que, mesmo passados muitos anos, subsiste num olhar, num sorriso, numa cumplicidade e que alimenta um sonho de uma união, por impossível que possa parecer.
É o mundo em que, mesmo que tudo corra mal, no momento chave aparece aquela canção da Diana Ross em que ela exclama “Ain’t no mountain high enough”…
Faz-nos torcer para que, com tantas coincidências, o rapaz lá consiga ficar com a sua Lathika (que por acaso é bem gira).
Acredita quem quer..mas não conheço ninguém que não goste de sentir um pequeno sopro por trás do pescoço misturado com um arrepio quando vemos que, afinal, tudo se compõe…
FILMES PARA QUANDO ESTÁ A CHOVER
Assim num sábado ou domingo à tarde...
Recomento "the Graduate" e o "Almost Famous":
O primeiro fala de sedução...de um rapaz que se vê assediado pela mulher de um amigos dos pais...mas tudo com muita classe..pura arte de sedução, de troca de olhares...e quem descobrir vai-se apaixonar pela banda sonora...custa 4.99 eur na FNAC.
O Almost Famous é sobre uma banda de rock à procura de sucesso..mas a mensagem é muito mais simples (será)...o conceito de "home" não é necessariamente onde moramos, mas muito mais o sítio onde nos sentimos bem e onde não damos pelo tempo passar...as músicas também são fantásticas...
Recomento "the Graduate" e o "Almost Famous":
O primeiro fala de sedução...de um rapaz que se vê assediado pela mulher de um amigos dos pais...mas tudo com muita classe..pura arte de sedução, de troca de olhares...e quem descobrir vai-se apaixonar pela banda sonora...custa 4.99 eur na FNAC.
O Almost Famous é sobre uma banda de rock à procura de sucesso..mas a mensagem é muito mais simples (será)...o conceito de "home" não é necessariamente onde moramos, mas muito mais o sítio onde nos sentimos bem e onde não damos pelo tempo passar...as músicas também são fantásticas...
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