sexta-feira, 25 de abril de 2008

Simples

Numa noite em Itália, o irmão da Cláudia apresentou-me um livro escrito para Cláudia.
Era mais uma série de folhas impressas e colocadas de forma ordenada de pensamentos que essa minha amiga tinha recolhido durante a sua juventude. O título era sugestivo “El paeggio del Paseggio”, ou seja, a paisagem da viagem…claro que Italiano o título é bastante mais conseguido pela rima.
Aí, a Cláudia apresentava a sua visão sobre vários assuntos na sempre difícil idade em que estamos a crescer e a descobrir novas sensações. Porque a juventude parece um estado de espírito, convencemo-nos que já somos adultos e que o mundo é uma caixa de problemas.
Do pouco que li (mas fiquei com desejo de ler mais) recordo uma frase muito válida: O homem certo só vai aparecer na tua vida quando te tornares a mulher certa.
Claro que, para mim, trocava o sentido de homem e mulher, porque não ando mesmo à procura de um homem certo. Mas o que verdadeiramente interessa e o buzilis absoluto desta observação está no facto de, mais cedo ou mais tarde, todos teremos que mudar e nos adaptar às circunstâncias do mundo que nos rodeia.
Não podemos ser assim e pronto..quem gosta gosta, quem não gosta azar….a vida com os outros é muito mais que isso…é uma série de cedências e ganho de contrapartidas com o objectivo de preenchermos uma necessidade bem maior e que está dentro de todos os seres humanos.
Para aqueles seres que acham que jamais mudarão, porque são assim, e é assim que devem ser amados ( com certeza discípulos de Calígula) a minha interrogação sobre se já conseguiram ver a vida do outro lado. Do lado em que podemos ser felizes se escolhermos o caminho da compreensão e da cedência. Porque o amor e a vida a dois é um diálogo e quem a vê ou a aceita como um monólogo, jamais poderá começar o dia com um grande sorriso na cara a admirar a outra que está ao seu lado.

2 comentários:

Hugo C disse...

Digno dos pensamentos profundos que passam na RFM

RUI disse...

Depois de uns 4 ou 5 vodkas com laranja ( aos quais os barmen olhava para mim como um extra-terrestr, porque nunca tinha servido vodka com sumo), de um casamento onde andei sempre de um lado para o outro ( tinha que provar um pouco de tudo) e de teres visto umas italianas bem curvosas...também a ti te pareceria uma verdadeira obra de arte....