domingo, 25 de maio de 2008

Duas descobertas

Recentemente fiquei apaixonado por dois escritores que focam temas totalmente distintos. E foi uma paixão tão à primeira vista que fui comprar logo outros livros deles…

Anna Politkovskaya foi uma jornalista russa que se destacou pelas ferozes críticas que fez às políticas do Presidente Putin nomeadamente nos campos da liberdade de imprensa e da condução da guerra da Chechénia. A Rússia de Putin foca temas tão distintos como a actuação do exército na guerra, do lidar da crise dos reféns da escola de Beslan e dos valores morais e económicos de uma Rússia onde o comunismo já não passa de uma memória longínqua. Esse livro foi-me oferecido no Natal e, assim que lhe peguei, devorei-o qual queijo de cabra frito em azeite com orégãos e outras especiarias ( e sabem bem a paixão voraz com que eu devoro isso). Consegui encontrar agora o seu segundo livro (Um Diário Russo) que mais não é do que o seu diário com reflexões que vai quase até ao dia da sua morte à entrada de casa….. um daqueles infelizes acidentes em que rostos da oposição são misteriosamente atacados por desconhecidos que fogem sem deixar rasto…..

Jeffrey Deaver partilha o primeiro nome com o meu escritor predilecto (Jeffrey Archer). O primeiro livro que li dele relata uma história passada na Berlim de 1936 (mais um daqueles livros que anualmente trago de Berlim sobre a cidade), em plenos jogos olímpicos e tem por título Garden of Beats, uma adaptação do Tiergarten que fica bem no centro e é o pulmão da capital da Alemanha. Li o Garden of Beasts num fim de semana, no Algarve, num daqueles fins de semana onde deixamos o relógio em casa e podemos gozar das 24 horas do dia aproveitando aquilo que adoro descrever como o Sound of Silence.
Também em Berlim comprei The Sleeping Doll, o último livro de Deaver que conta a história de uma agente que procura incessantemente um criminoso, que é proclamado na comunicação social como o filho de Charles Manson (personagem que muito me intriga e de quem procuro saber sempre mais e mais).
O que existem em comum nestas duas histórias é (ao bom estilo do Prison Break), a construção progressiva das personagens e a introdução constante quer de dados novos quer de twists que deixam todos os leitores desejosos de virar a página.
O último livro que comprei de Deaver, the Cold Moon, é apenas considerado o seu livro mais forte com o detective Lincoln Rhymes a maior das personagens de Deaver.

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