quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
2 CHÁVENAS..
2 anos e meio
SERÁ AQUI???
Ando entusiasmado com a possibilidade de ir ao casamento da Cláudia. Primeiro porque não é todos os dias que se vai a um casamento (e eu já pensava que podia não ir a nenhum este ano..). Segundo, porque se esse casamento é fora do país ganha uma importância ainda maior pelo desejo de descobrir outras tradições.
O ano passado vi em Berlim as bodas de fígaro com a Claudia (depois de um magnífico jantar bem lá no alto, no cimo da torre da Alexanderplatz) e não deixa de ser curioso que agora sejam as bodas dela. Da última vez que estivemos juntos, estávamos ambos à procura de alguma coisa que nos desse um sentido à vida e ela conseguiu encontrá-la numa peregrinação a Santiago de Compostela que eu a muito encorajei a fazer....
A Cláudia é daquelas amigas que tem a vantagem de estar longe do nosso mundo e, por isso, faz as análises completamente desprocupadas e nos diz o que pensa pois aquilo não vai implicar nada na vida dela. É um escape pois parece que vive noutro planeta e falar com ela representa aquilo que às vezes gostava de fazer: sair de mim, deixar de ser o RUI, e viver outras experiências, com outras pessoas, noutros países....
Resta só esperar pela autorização das férias para marcar a viagem..e ir ver a dolce Ste cujas saudades são imensas...
P.S. a imagem que está no topo é do Lago Garda, um daqueles cenário italianos idílicos onde a Cláudia tem uma casa. A zona de norte de Itália é conhecida pelos seus grandes Lagos que hoje são procurados por pessoas famosas pois parece que se consegue juntar o progresso e o bairrismo. Para quem viu, é a casa do ladrão do Ocean's Twelve (que na verdade é do George Clooney) e do Mr. White no Casino Royale...
2 anos e meio.....
“muda de vida, se não vives satisfeito"
domingo, 27 de janeiro de 2008
THE SOUND OF SILENCE
A última semana que fiz foi em Agosto e, talvez por isso já sinta algumas saudades. Claro que não sinto saudades de lá estar a noite toda sem fazer nada, mas sim daquela solidão que acaba por nos transmitir alguma tranquilidade.
A madrugada é uma maratona em que corremos contra as nossas capacidades físicas e mentais. Talvez por isso seja a altura ideal para reflexões e para fazer do tempo que temos de gastar o encontro e um confronto com o meu eu actual, o meu eu passado e aquele eu que quero ver no futuro. É excelente para pensar e para escrever.
Parece que já me imagino a sentar-me e a ouvir o John Lennon a perguntar “so this is Christmas, and what have you done?” e uma outra música que diz “where do you go?”
Lá para as 3 da manhá vou sacar de um dos croissants com philadelphia que vou levar e preparar-me para assistir a um filme ou a uma série: a arca russa parece-me a melhor opção…o primeiro filme a ser gravado num único take…a história da Rússia contada no mítico Hermitage com todo aquele fausto; ou então um filme do grande Louis de Funès…o avarento ou um da série do gendarme…
Pelas 5 da manhã outro croissant e o começo de mais um filme…que talvez seja também europeu: o triunfo da vontade, o mítico documentário da Leni Rifensthal.
Claro que isto são apenas planos e, como a maioria das coisas que acontecem na nossa vida (felizmente) tudo muda e pode ser que na altura resolva fazer outra coisa completamente diferente!
Mas sabe bem pensar que vou ter um tempo para mim, sem stresses, sem pressa de olhar para o relógio…simplesmente ficar ali e disfrutar do tempo à minha maneira…ou, como costumo dizer, a madrugada é como uma grande viagem de avião…se não podemos ir dar uma volta, ao menos aproveitamos o que temos….
A PRIMEIRA PARTE
Foram quatro horas a babar-me com toda aquela comida, sempre a procurar maneiras de furar o protocolo e antecipar-me na prova…..
Pena tive que o curso não começasse com técnicas para podermos dominar, com mestria, a arte de preparar o arroz…apenas vi a fazer, e que a panela utilizada é própria para o sushi…mas estou certo que o DVD do sushi, o livro que temo e umas visitas ao great exotic asian market são capazes de resultar.
Quando temos o arroz nas mãos (bem lavadas!) podemos dar largas à imaginação….e o chefe que nos orientou encorajou isso mesmo: manga, ananás, rúcula, maçã, pargo, maionese, philadelphia, camarão, delícias do mar, etc etc etc.
Cada vez que estava a preparar um prato imaginava-me mais a comê-lo do que a prestar atenção ao chefe.
No fim aprendi duas coisas principais:
- tenho muito mais jeito para comer do que preparar e…
- preparar uma refeição de sushi só mesmo por amor aqueles que vão comer. O trabalho é imenso e só tive presente na última parte. Sim, porque também é preciso ir à praça escolher o peixe, escolher e preparar o arroz e só depois fazer o sushi.
Mas, aqueles que gostam podem ficar tranquilos que uma das inaugurações da Rua do Regedor vai contemplar um festival de sushi….e nessa altura vai ser comer como se não houvesse amanhã!
P.S. esta semana vou dar um salto ao Rock in sushi apenas para poder provar as experiências do sushi master ao nível da fusão….falaram-me em cada coisa….ui de fazer crescer água na boa….
Quase pronta...
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
MEMÓRIAS
As memórias e as biografias sempre me fascinaram pois a história acaba por ser a história dos homens e cada pessoa tem uma experiência de vida que merece ser contada.
Quando era mais novo comecei a escrever um diário mas a minha falta de autodisciplina da altura (que conduziu também a esta aparência balofa) fizeram que esse diário não passe hoje de um recorte de vagas memórias perdidas e sem qualquer interligação.
Tudo na vida tem um princípio, um meio e um fim, e quando terminei uma relação resolvi lançar mãos à obra e produzir um manuscrito sobre tudo o que me aconteceu na altura. Claro que ia escrevendo à medida que as coisas iam acontecendo, tentando passar para o papel sentimentos que só o coração consegue explicar..mas quando terminei, passei do diário para as memórias.
Noutro dia resolvi reler essas memórias. Foi uma espécie de fechar de página.
E fiquei apaixonado pelos momentos que relato e que voltei a viver naquelas intermináveis (200..) páginas de vida. Episódios que o nosso subconsciente acaba por apagar mas que ainda hoje nos obrigam a sorrir......Se tirar fotos é criar memórias, escrever (sendo o sentimento do momento, ou a ideia do passado) é exercitar o nosso cérebro para que no futuro possamos voltar a viver esse momento descrito de uma maneira bem mais viva que uma fotografia (mesmo que uma imagem valha mais que 1000 palavras), com a certeza que, sendo algo de tão íntimo, somente nós vamos ler e nós vamos compreender, aquilo que sentíamos e aquilo que sentimos.
CARPE DIEM
Há um tempo escrevi sobre o bom que era podermos fazer planos a longo prazo que, mais do que planos, acabam por ser objectivos de vida...toda a gente os tem. O objectivo é a longo prazo e o plano é a maneira de o atingirmos. É como na guerra: há uma estratégia e uma táctica!
O que torna a nossa vida imprevisível (e talvez por isso recheada de um mistério intrínseco) é o facto de um momento ou uma palavra poderem alterar todos os planos sem alterar os objectivos. O fim acaba por ser o mesmo, o caminho é que muda.
Recordo-me de uma resposta mais brusca que dei que mudou a minha vida e alterou tudo o que até então tinha sonhado (hoje não tinha feito a mesma coisa.....). Lembro-me também de ter tido uma nota insuficiente no exame que me levou a questionar toda o plano de vida que sempre tinha sonhado...e nunca tinha pensado sequer em outra coisa para fazer.
À medida que vamos ficando mais velhos vamos sonhando menos e, necessariamente, encarando a vida de uma maneira mais realista. Não tenho o poder de Arquimedes para deslocar o mundo, mas acredito naquilo que sei fazer. Lembro-me de ter lido uma frase do John Wooden que dizia, em vez de te concentrares naquilo que não consegues, concentra-te naquilo que consegues fazer.
Há um ano gostava muito de sushi e hoje parece-me impossível imaginar um mundo sem ele....e no sábado vou fazer a primeira parte de um curso para aprender a fazer. Há quatro anos argumentava que viver sozinho não era positivo pela carga emotiva que a solidão transmitia...hoje aspiro a fazê-lo e substituo a palavra solidão por tranquilidade (maneiras diferentes de ver a mesma coisa...a teoria da relatividade).
Hoje em dia, cada acordar trás um novo desafio: o que vou fazer hoje. Não há objectivos atingíveis a curto prazo: vivo para os meus amigos, para as viagens, para aprender e para ter uma vida profissional em que possa evoluir. Aspiro a realizar coisas a curto e a longo...o médio não existe, evaporou-se....Por isso, mesmo sonhando, a conclusão é a mesma que os romanos já chegaram há dois mil anos: CARPE DIEM.......
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
DESTA É MESMO DE VEZ
Há muito que tenho o desejo de poder aprender a cozinhar e trabalhar naquela arte nipónica que me deixa cada dia mais apaixonado.
Várias vezes já imaginei estar na minha casa, nuns fins de semana à tarde a comer sushi com um grupo de amigos, cada um a fazer o sushi à sua maneira, com os seus próprios ingredientes procurando em cada experiência obter um sabor novo e mais arrojado.
Pena que ainda a casa não esteja pronta e o meu amigo que me empresta a cozinha não seja um fã do arroz com peixe.
Conseguir desta vez poder combinar o aspecto com o sabor, ao contrário dos meus últimos cozinhados que até podiam ter bom aspecto (de um certo ponto de vista) mas não sabiam nada bem (para resolver isso tenho que comprar aquele livro que fala de temperos e especiarias…).
Comer sushi sempre que quiser…..SIM!!!!!
A PRÓXIMA VIAGEM
Aquela zona da Carnaby Street, recheada de bares, de lojas e de alemãs simpáticas que nessa noite se dedicavam a questionar-se como é possível ingleses e franceses ficarem duas horas embasbacados em frente da televisão a ver uma bola oval perseguida por um bando de homens com aspecto sinistro.
Depois dar um salto ao Ministry of Sound e passar a noite sempre a bombar!
Rapaziada, um fim de semanazinho..partimos na 5ª à noite ou na 6ª de manhã e vimos segunda feira..que me dizem? Arrendamos uns quartos manhosos e temos uma saída memorável que ficará na memória de todos!...e não me lixem pois a viagem com a easyjet é barata!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
ESTÁ QUASE...
E assim foi...já encomendei a última versão do Singstar que deve chegar esta semana a minhs casa (se os correios assim o permitirem!).
A grande vantagem deste jogo é que podemos comprar as músicas online e assim ir para festas e convívios munidos das melhores canções para o momento...e quem quiser passar os olhos pelo catálogo vai poder observar temas suficientes para poder fazer crescer água na boca.....
E NÃO HÁ NADA MELHOR......
Três amigos reunidos à mesma mesa, a falar sobre tudo e a rir sobre experiências e momentos diferentes…no fundo tudo o que a vida tem de melhor…e sabe sempre TÃO BEM!!!!
O único desejo que tenho é que se repita ad eternum…
P.S.......ainda têem que comer muitos cereais antes de me ganhar ao Buzz Hollywood.....
NOVO INVENTO
Várias eram as vezes em que andava com um livro no carro quando me ia encontrar com alguém para poder aguentar enquanto estava à espera e evitar o queimar tempo que tanto me chateia. Agora, e com a passagem de livros para a garagem do PTB, resolvi criar o livro do carro, um livro que vai ficar no carro à espera de ser lido naqueles pequenos momentos mortos, sejam eles na parte de baixo de um prédio, à frente de um sinal ou à porta de um restaurante.
O primeiro eleito para esta nobre missão é a obra de John Lewis Gaddis, Guerra Fria que, não sendo nenhuma novidades para mim, será certamente um exercício interessante ler sobre um tema que tanto gosto pelos olhos de um famoso professor da universidade de Yale.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
DESCOBERTA
Vou colocando uns livros nuns sacos, totalmente catalogados por nome, autor, temas, ficção (sim ou não), país onde ocorre a trama e se já o li.
O meu amigo PTB já conta com cerca de 50 preciosidades da minha colecção pessoal na sua arrecadação e prepara-se para acolher alguns exemplares mais. Estive hoje a catalogá-los e, se penso que ainda só estou a tratar de uma pequena parte e já atingi os 100 livros, mal posso esperar por poder colocá-los nas Minhas prateleira, com a minha ordem e passar aquelas desagradáveis tardes de Inverno a ver chover numa confortável cadeira a ler e a beber um chá ou um chocolate quente.
Por curiosidade, já cataloguei 11 livros do Jeffrey Archer, 9 sobre Berlim , 17 passados na Alemanha e 14 biografias, desde o Calouste Gulbenkian ao Roy Keane, passando por Josef Stalin e pela família Médici.
E, quando hoje catalogava esta leva, descobri dois livros que parecia terem já sido varridos da minha memória. Dois livros da Jeanette Winterson.
A Jeanette Winterson escreve histórias de amor de um ponto de vista muito peculiar. É homosexual e relata tudo aquilo que nós homens vemos nas mulheres, mas com um sentimento muito mais forte e uma intensidade romântica notável. É uma mulher que escreve sobre mulheres. Mas é fantástico.
Recordo-me que, quando me ofereceram o primeiro dos livros que li “Written on the Body”, ter ficado maravilhado com as parábolas criadas pelas suas palavras. Escolhi várias partes para serem debatidas com a pessoa que me ofereceu e que, curiosamente, ainda estão no livro.
Para quem quer conhecer sentimentos conhecidos mas dificilmente expressos por palavras, recomendo uma leitura de Jeanette Winterson…….é ainda mais bonito do que conseguíamos imaginar…..
domingo, 13 de janeiro de 2008
A BELLE ÉPOQUE
Competição secundária, a degustação alarve dos preparados culinários de chefe Reis, não deixou de recolher a aprovação de todos os presentes que se faziam ao bife mais rápido do que Xõ Zé e Esfora podiam desenvolver as suas teorias filosóficas dissecadas ao longo de anos na planície alentejana.
Nas noites, e apesar de haverem fotos que poderiam levar a pensar o contrário, não houve as tradicionais sessões de rabichiçe e maricagem (pelo menos no meu quarto)…todos se portaram bem!
Do fim de semana fica, para já, a vontade de regressar……
Para já….. que mais memórias se seguirão!
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
JÁ ESTÁ!!!!
Agora é consultar outros concertos e outros espetáculos culturais para visitar.....
domingo, 6 de janeiro de 2008
O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COBARDE ROBERT FORD
Rapidamente fomos colocados perante duas escolhas óbvias: de um lado a escolha de macho, Call Girl, com a Soraia Chaves a bombar (descobrir se há alguma cena em que ela apareça vestida no filme)…e o Assassinato de Jesse….., o último filme do Brad Pitt que até estava a ser bem recebido pela crítica…..
Surpreendentemente (e por insistência minha, confesso) optámos pelo filme do Brad Pitt (o que me custa escrever isto…).
O que se seguiu foram 2 h e 30 m de absoluto tédio ao velho estilo do Mestre Manuel de Oliveira. Um bocejar quase tão constante como as olhadelas para o relógio para ver as horas.
Como já vem sendo hábito, ainda passei pelas brasas nos primeiros 5 minutos do filme, mas o desejo de ver as peripécias fizeram com que (estupidamente) lutasse contra o sono.
O filme parece que nunca mais acaba, muito parado , num enredo que em meia hora estava resolvido.
Talvez o pior filme que vi nos últimos anos…….
sábado, 5 de janeiro de 2008
PAIXÃO
Mas, no final, e quando começamos a fazer escolhas, a eliminar hipóteses, o meu amor acaba sempre por vir ao de cima: o meu amor por Berlim.
Se Times Square é o centro do mundo e se Londres é o mundo, Berlim é o meu crepúsculo. É um sentimento muito pessoal tão único que pode ser partilhado somente com pessoas especiais.
Dizia o antigo ministro da Cultura francês, Jack Lang que Paris seria sempre Paris mas que Berlim nunca era Berlim, pois estava sempre em transformação. E assim é…..
Depois de ler um livro sobre tudo o que se passou na cidade nos últimos 150 anos, Berlim foi coroada capital do meu coração. É sinónimo de tudo o que me identifico: história, arte, política, simbolismo, beleza, cultura, arquitectura cinema, luxo, gastronomia …….
Mas depois também me perguntei: restam ainda coisas para ver depois das minhas visitas em 2006 e 2007? as duas planeadas ao pormenor, em regime quase militar, onde vi tudo aquilo a que me tinha proposto.
E a resposta? Sim, há ainda muitas coisas para ver, rever e explorar.
Por exemplo, partir daquela igreja que foi destruída durante a guerra junto ao zoo e percorrer o Kurfürstendamm. O Ku’damm está para Berlim como a Oxford Street está para Londres e a Rua Augusta para Lisboa….é o centro do comércio, a zona das lojas internacionais….. É curioso que só visitei por breves momentos esta rua o ano passado, quando procurava incessantemente o Hard Rock café para comprar a tradicional t shirt para o meu grande amigo PTB, e acabei por comprar um casaco pois, como a maioria dos que lêem isto sabe, eu cheguei mas a mala ainda ficou por Lisboa mais algum tempo.
No final do Ku’damm fica o imponente Schloss Charlottenburg, em homenagem à Rainha Sophie Charlotte, mulher de Frederico I (e avó de Frederico dito, o grande). Também ainda não visitei este palácio que aparece como visita obrigatória em todos os guias da cidade. É a opulência dos Hohenzollern em todo o seu esplendor que teve a sorte de escapar ao domínio dos lunáticos que dominaram a parte leste de Berlim.
Falta também conhecer melhor a cidade de Potsdam. Situada a meia hora de Berlim, Potsdam é não só o local da cimeira dos vencedores da guerra em 1945, mas também uma cidade de conto de fadas pois contém larguíssimos jardins e muitos palácios e objectos únicos como coluna jónicas e moinhos que não servem mais do que para arregalar a vista. É, portanto, uma cidade construída para impressionar e ainda hoje é conotada com a elite dos junkers prussianos. Para quem não conhece é como Sintra em ponto grande, sem o mistério da serra, mas com muitos mais palácios.
E a cereja no topo do bolo, a Pièce de résistance, da viagem: um concerto do Daniel Barenboim!
Quando visito uma cidade, para além das várias horas que dedico à história da cidade e aos lugares míticos, tenho por hábito passar os olhos pela agenda do local para saber se há, na altura, algum espectáculo ou exposição que valha a pena ir ver.
Ora, como Berlim é uma cidade que tem, para além da filarmónica, duas óperas em permanência ( a ópera cómica e a mais famosa, a ópera clássica, a Staatsoper), fui ver os sites e descobri que na Staatsoper (que fica em pleno Unter Den Linden), dia 9 de Março, o famosíssimo e controverso maestro Daniel Barenboim vai conduzir uma matiné com obras de Mozart e Antonin Dvorak ( Baremboim é o maestro daquele concerto que aqueles que, convidados a minha casa para jantar, têm que gramar como música de fundo). Barenboim é um génio universalmente reconhecido que teve a ousadia de recusar o cargo de director da orquestra filarmónica de Nova Iorque pois não pretendia sair de Berlim. Judeu, casado com uma palestiniana, filho de pais russos, mas nascido na Argentina, Barenboim ficou ainda famoso por ter sido o primeiro a quebrar o tabu e a tocar obras de Richard Wagner em Israel.
É uma oportunidade única!
E em 2009….reabre o Neues Museum na ilha dos museus cuja renovação vai custar 295 milhões de euros…..mais uma visita em perspectiva.
2010? Para confirmar se o palácio real vai mesmo ser novamente construído..
Porque é que eu gosto Berlim:
Kadewe – a minha loja preferida. Um corte inglês em ponto grande, mais luxuoso, e com um quinto andar recheado das melhores coisas do mundo: um supermercado que é ao mesmo tempo um restaurante com várias paragens e várias especialidades. É onde se consegue comprar o meu chocolate preferido, aquele que tem as trufas de chocolate branco, de leite e preto……
Unter Den Linde – a mais importante avenida de Berlim onde ficam todos os monumentos. Foi erguida por Guilherme I que pretendia uma ligação entre o palácio real e o Tiergarten, onde caçava regularmente. Literalmente, debaixo dos lírios, começa hoje nas portas de Brandenburgo e termina na catedral.
Reichtag – monumento simbólico da Alemanha imperial e do 3º Reich, é hoje o parlamento federal e contém uma cúpula desenhada por Norman Foster. Ainda só a visitei durante a noite (com um frio de rachar), mas a vista que proporciona, e o conceito inovador, fazem dele um ex-líbris.
Zoo – Não sou fã dos zoos porque acho que os animais não deviam estar em cativeiro….mas é um dos poucos que tem pandas gigantes. E só esses animais justificam uma visita.
Spree – Um passeio de barco pelo rio que banha Berlim, mesmo daqueles que duram apenas uma hora, é um ponto obrigatório em qualquer viagem. Parece que estamos a ver os bastidores da cidade.
Museum Insel – a ilha dos museus contém a catedral de Berlim e ainda 5 museus de classes internacional, todos construídos no estilo neo-clássico (os alemães têm essa pancada!). De todos, o meu preferido é o Pergamon. Numa palavra, a sua entrada é breathtaking….
Potdsam – a apenas meia hora de comboio uma cidade de reis, muito calma e com enormes construções que fazem dela um local extremamente belo para passar um dia, longe do ritmo frenético da capital.
Checkpoint Charlie – simboliza hoje a divisão da cidade. Toda aquela envolvência do muro, das passagens ilegais entre os dois lados, a presença das potências ocupantes durante 45 anos….toda a história da guerra fria num pequeno lugar.
Estátua de Frederico II –o mais querido de todos os Reis da Prússia, responsável pela vitória do seu país na guerra dos 7 anos….é o símbolo do passado imperial, do crescimento do povo alemão e do desenvolvimento de Berlim.
Torre da Alexanderplatz – a melhor vista de Berlim. No topo tem um restaurante excelente onde se pode desfrutar de alguma calma num ambiente selecto.
Nikolaiviertel – no centro da cidade, parece um mundo à parte. Um bairrozinho fundado no século XII, foi recentemente restauradoPotsdamerplatz – ontem era um local quase deserto pois situava-se na zona do muro; hoje é um dos locais mais modernos do mundo onde, aproveitando o facto de ser desértico, foi possível construir novos e espectaculares edifícios, de onde destaco o Sony Center com as suas luzes e os seus restaurantes que é hoje o ponto de encontro, por excelência, dos jovens berlinenses.
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
ALMOST FAMOUS
A banda sonora é divinal (incluí Simon &Garfunkel) e contém uma cena fantástica: a banda, que estava chateada, começa a cantar uma música do Elton John e no final há uma troca simples de palavras
- I have to go home
- You are home….
….dito assim pode não parecer muito mas para mim, nas circunstâncias em que vi o filme, tocou-me muito…..senti-me pela primeira vez em casa num sítio onde não era a minha casa…e isso é um sentimento muito difícil de repetir…..