quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

CARPE DIEM

Há um tempo escrevi sobre o bom que era podermos fazer planos a longo prazo que, mais do que planos, acabam por ser objectivos de vida...toda a gente os tem. O objectivo é a longo prazo e o plano é a maneira de o atingirmos. É como na guerra: há uma estratégia e uma táctica!
O que torna a nossa vida imprevisível (e talvez por isso recheada de um mistério intrínseco) é o facto de um momento ou uma palavra poderem alterar todos os planos sem alterar os objectivos. O fim acaba por ser o mesmo, o caminho é que muda.
Recordo-me de uma resposta mais brusca que dei que mudou a minha vida e alterou tudo o que até então tinha sonhado (hoje não tinha feito a mesma coisa.....). Lembro-me também de ter tido uma nota insuficiente no exame que me levou a questionar toda o plano de vida que sempre tinha sonhado...e nunca tinha pensado sequer em outra coisa para fazer.
À medida que vamos ficando mais velhos vamos sonhando menos e, necessariamente, encarando a vida de uma maneira mais realista. Não tenho o poder de Arquimedes para deslocar o mundo, mas acredito naquilo que sei fazer. Lembro-me de ter lido uma frase do John Wooden que dizia, em vez de te concentrares naquilo que não consegues, concentra-te naquilo que consegues fazer.
Há um ano gostava muito de sushi e hoje parece-me impossível imaginar um mundo sem ele....e no sábado vou fazer a primeira parte de um curso para aprender a fazer. Há quatro anos argumentava que viver sozinho não era positivo pela carga emotiva que a solidão transmitia...hoje aspiro a fazê-lo e substituo a palavra solidão por tranquilidade (maneiras diferentes de ver a mesma coisa...a teoria da relatividade).
Hoje em dia, cada acordar trás um novo desafio: o que vou fazer hoje. Não há objectivos atingíveis a curto prazo: vivo para os meus amigos, para as viagens, para aprender e para ter uma vida profissional em que possa evoluir. Aspiro a realizar coisas a curto e a longo...o médio não existe, evaporou-se....Por isso, mesmo sonhando, a conclusão é a mesma que os romanos já chegaram há dois mil anos: CARPE DIEM.......

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